quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

I still miss you


To Vincent


Starry Night

Don McLean

Starry, starry night
Paint your pallet blue and gray
Look out on the summer's day
With eyes that know the darkness in my soul

Shadows on the hills
Sketch the trees and daffodils
Catch the breeze and winter chill
In colors on the snowy linen land

Now I understand
What you tired to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would not listen
The did not know how
Perhaps they'll listen now

Starry, starry night
Flaming flowers that brightly blaze
Swirling clouds in violet haze
Reflect in Vincent's eyes of china blue
Colors changing hue
Morning fields of amber gray
Weathered faces lined in pain
Are soothed beneath the artist's loving hand

Now I understand
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would not listen
They did not know how
Perhaps they'll listen now

For they could not love you
But still your love was true
And when your love was left inside
On that starry, starry night
You took your life as lovers often do
But I could have told you, Vincent
This world was never meant for one
As beautiful as you

Like the strangers that you've met
The ragged men in ragged clothes
The silver thorn, a bloody rose
Lie crushed and broken on the virgin snow

Now I think I know
What you tried to say to me
And how you suffered for your sanity
And how you tried to set them free
They would not listen
They're not listening still
Perhaps they never will

Foto: Starry Night , Vincent Van Gogh, 1899, Óleo sobre tela, MoMa . NYC

Belo Horizonte


Belo Horizonte


Flávio Venturini

Como vai BH?
Ouve a voz da montanha
Como vai?
Sei de cor meu lugar
Belo horizonte
Quando cai a tarde em meu coração
Liberdade a praça das paixões


Se distante a saudade quer chegar
Quem feriu a linda serra do curral
Luz da lua apareceu
Como se fosse sonho meu
Como se fosse bom



Manacá como vai?
Dama da noite como vai?
Sei de cor meu lugar
Salve a floresta
Vam andar no prado , Cidade Jardim
Hoje é festa
Na dor das capitais
Nas cinzas dos quintais

Ouça esta música clicando em "Músicas" no site do cantor: http://www.flavioventurini.com.br/

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

No Solstício



Elaine Tavares

Era de manhã
Caliente solstício
Eu dormia na tumba
Escura do esquecimento.
Então veio o fauno
“Querida, desperta”
Sibilando, sensual.
Abri os olhos
Segui o cheiro
Testosterona
Menino
Homem
E ainda dolente
O encontrei
Não era Che, nem Sandino
Não era Tupac ou Bolívar
Era um anjo
Pequeno e travesso
De riso criança
Sorvi, vampira
E voltei a dormir.
O fauno insiste
Mas eu durmo!

Revelação

Célia Laborne Tavares
in O Quinto Lotus

Foi da profundidade muito tranqüila e transparente, de serenos lagos, que nasceu esta forma flutuante. Pois quando a paz se cristaliza as verdades podem revelar-se.

A forma se tornou particularmente nova, surpreendentemente antiga, cheia de aparentes paradoxos, como uma ponte em suspenso sobre um passado que cumpriu o seu destino e um presente que se prepara para ser iluminado.

Falo-te, hoje, como se conhecesse a canção, como se penetrasse o lago. Desenho-me imóvel, sob a tarde, para prosseguir as pesquisas num interior que se abre à menor luz.

Flor da terra, muito úmida e fresca, brota-me a palavra para quebrar teus limites, teus muros de antigas separações e mostrar-te onde ficam as nascentes, os caminhos ensolarados, as terras de encontro. Doce e breve flor do reencontrar transformo-me para que tenhas teu sinal visível no roteiro.

Brandamente, uma melodia que podia ser mística, tal a suavidade das notas, introduz-se em nosso silêncio compacto para apressar as revelações. E, ao comando de vibrações puríssimas, podemos facilmente completar a história que nos foi dada para que novos companheiros de vestes alaranjadas se sentem ao nosso lado.

Sinto que devo dizer-te que vai nesse encantamento um mar imaturo, imagem quase infantil à espera de crescimento. Não sei porque só posso traduzir em flores a linguagem estrangeira que se deve integrar nas noções da vida real para que seja alcançado o meu dever de intérprete.

O mundo apagado e convulso rebela-se esquecido das potencialidades vigorosas que devem ser cultivadas, parcela por parcela, até que cada um forme sua unidade de paz e sabedoria.

Por ora, um céu de astronautas em pânico cobre algumas cabeças em ebulição e, por mais alto se gritem as verdades, poucos estão aptos ao convívio das estrelas.

Por isso, digo-te, não te apegues aos destroços que não te satisfazem, não sejas um náufrago entre idéias e correntes, inconformado, mas sem coragem de ousar entrar pela porta das grandezas. Onde não entrarás se não te fizeres simples.

Não se é feito para ficar sempre no mesmo lugar ou para girar sobre si mesmo, na superfície, como piorra infantil. O mergulho em profundidade é que dá dimensão certa à vida. E a verdade livre é estável, amorosa, consoladora, porém extremamente exigente em seu preço de luta e resgate, para o encontro consigo mesmo e a meta final.

Põe a pérola na concha de tua mão.

Estamos em pleno tempo de cobrança.



Conheça mais no Blog da autora: Vida em Plenitude

O que fala em mim

Célia Laborne Tavares
in O Quinto Lotus



Agora já não canto o tempo, o céu, o vento que se agita.
Guardo esta pequena voz para o que vem a mim e se divide em ternura e verdade.
Hoje digo a palavra do que fala no silencioso mundo de um interior que se vai iluminar.
Canto, à fonte da vida, os hinos do caminho.


Perdidos estão os contatos exteriores com a terra e, quando dela germina o trigo, ouço apenas o canto daquele que tem o germe e conhece o tempo da colheita. Quando as flores se fazem vistosas e perfumadas, penetro-lhes até a seiva para conhecer o desdobramento da semente que, madura, começa a revelar segredos.

Agora já não canto meu canto; tenho a palavra do que fala em mim e, conhecendo cada passo, fortalece o tempo de espera, desvenda e explica cada novo degrau. E, por isso, tenho passos despreocupados que dançam na busca do caminho, certos de que todas as estradas são de vida e há um roteiro para cada um.

Hoje calei minhas palavras para estudar o silêncio e captar os sons do universo, onde se arma a sinfonia das realidades mais profundas. Já não posso estar só, porque a comunhão com o todo dissolve as barreiras da mente isolada que cria a fantasia das ausências e da solidão.

No limiar das portas do amor as plenitudes começam a esboçar-se como semi-reveladas pela névoa. E, de repente, no meio do torvelinho, a terra torna-se doce e serena para que doce e sereno seja o coração.

Mansa é portanto a palavra que, agora, canta em mim. E conhecendo sua força, fácil é entregar-me ao leve despertar. E, se hoje conto este caminho não é pelo simples gosto da história, mas por saber que os roteiros são mais ou menos semelhantes em seus marcos primários. Faço-me presença para aquele que também busca.

Agora, já não quero o tempo, o céu ou o vento. Ensinaram-me o caminho das estrelas, o transbordamento do orvalho, o crescimento do amor que se faz aurora com o canto dos pássaros e revelação, com o conhecimento da beleza em sua fonte original.

Anuncio a festa que ainda não conheço, mas posso pressentir, porque as vibrações de seus clarins chegaram-me cada vez mais perto e a descoberta não pode mais tardar.

A cada madrugada, em cada entardecer, a comunicação se estabelece mais nítida e a presença mais certa.

Sabendo que acordar em plena madrugada, quando a luz tudo promete, é o destino de todos, grato se torna fazer um silêncio imenso enquanto canta em mim aquele que se realizou em manhãs mais sutis e, agora, estabelece correntes de amor para que outros se ergam.



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A hora do silêncio

Célia Laborne Tavares
in O Quinto Lotus



Escuta a hora do teu silêncio e nela, pára e medita. Todas as flores brotam no silêncio, lentamente e, também assim, hão de nascer tuas vitórias e sorrisos; e há de jorrar a sabedoria madura para encher todos os teus tédios. Estamos no tempo violento do acordar, do aceitar realidades; por isso deixa que o silêncio seja teu companheiro, para que possas ouvir a melodia do infinito...

A cada dia, mais forte será a luz que te ampliará os horizontes e a flor nova fará sereno o despertar, para mostrar-te como é fácil o caminho, se nele a plenitude começar a ter lugar.


A aurora do mundo é construída de Amor e toda a Paz vem do silêncio, fertilizando no impulso interior que se desdobra e se propaga, sem violência, apesar de toda a grandeza e magnitude de sua força.

Será sempre fácil recriar o Amor se com ele se forem construir todas as coisas serenas, para um mundo mais irmão; se, com ele, se abrirem os horizontes das possibilidades humanas ainda adormecidas. Será suave construir o perdão quando dele nascerem as palavras exatas, para traduzirem as idéias mais fortes e se ligarem, nele, os dínamos insuspeitados de cada ser.

Será fácil recriar o Amor quando o esforço for comum, a todos ou a muitos. Por enquanto, apenas a escuridão da noite é real e a lamentação faz estigma sobre o mundo. Ela é fraca tarefa para os descrentes da vida que nada vêem, além de suas próprias limitações. Mas a cruz está iluminada, e espera-nos.

A suprema fonte permanece intacta, sem que os sedentos a toquem, sem que ao menos creiam em sua existência, enquanto o mundo rui em suas bombas.

Entretanto, no silêncio interior, o homem desperto se conforta e se pacifica. Nasce, então, a esperança de que o mundo reconheça seus destinos mais reais, suas fantásticas possibilidades de crescer e transcender. Quando se percebe o infinito de nossos horizontes, as mensagens se transformam e ganham vida. Novo é o ser que se conhece e se desdobra para que outros, também, cheguem a se conhecer melhor.

Mansamente, como planta viva, o mundo prepara-se para sua grandeza e, sem compreendê-la, assusta-se com seus achados. No mistério do desabrochar há toda a história da plenitude, lentamente apalpada e quase reconhecida. Esmeralda entre pedras, concha sob a areia.

Será fácil recriar-se o mundo se nele forem despertadas todas as possibilidades do Amor.

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Junto ao Lótus


Célia Laborne Tavares
in O Quinto Lotus

A música suave pode prenunciar o campo próprio do amoroso encontro, onde tudo se faz centro vivo das origens de cada um.

Harmoniosamente, como flor, o mundo germina sua grandeza nessa noite que precede o ainda indecifrável amanhecer. Sintoniza-te com este ritmo para que cresças também. No compassado e vagaroso desabrochar há toda a história da plenitude universal. O abrir da planta nova transcende luz como destino próprio.

Agora que o tempo está propício e nossa doação está amadurecida, junto ao lótus que se abre, vemos que as palavras são restritas e o dia está sob o controle dinâmico da próxima alvorada.

O canto de louvor é nossa mais pálida homenagem no caminho desobstruído e assinalado. Vamos, então, construir um mundo novo com aquelas horas antigas, que facilmente poderão ser recriadas, tal a plenitude que guardam.

Vamos doar, aqui, nosso velho amor. A noite da ternura será o marco inicial dessa distribuição aos carentes do amor.

Agora, cada palavra vai-se transformar em poema e cada carinho será leve companheiro. Aquelas nossas rosas vão adornar mil portas silenciosas e esquecidas.

Nos passos que nos chegam, marcaremos todos os encontros que ficaram apagados e ausentes, na penumbra do incompleto. Nossa vivência de amor ganha, hoje, nova dimensão, pois está sendo livremente repartida a mil necessitados para ser mil vezes revivido.

Tão crescidos já estão nossos testemunhos de presença e de doçura que poderemos ser pródigos em distribuí-las. Tão fiéis foram nossas palavras e promessas que doaremos ao mundo, intacto ainda, todo um canto de vida; como se dele pudessem frutificar outros cantos semelhantes e outras plenitudes.

Vamos sentar-nos amorosamente à beira do lago quieto e aguardar os pedintes.
Nossos jardins transbordam e, por mais que distribuamos este amor, sempre sobrará ternura na hora azul da entrega.

Ajuda-me com tuas mãos a preparar as ofertas.

_ Que destino mais belo poderíamos ter dado ao nosso velho e inesquecível amor?

Ante o amadurecimento de nossa resolução, um lótus branco se abrirá porque o tempo é de beleza.

_ Que destino mais suave poderíamos encontrar para o nosso doce e contagiante amor?

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Velas acesas

Célia Laborne Tavares
in O Quinto Lotus

Dentro de tuas auroras, orvalhadas ainda, colho as flores mais estranhas deste sonho e nada mais me assusta. Não se pode temer o crepúsculo dentro da fertilidade que se esboça em todos os horizontes. Quando o roteiro das estrelas faz acenderem-se as velas é porque a luz começa a tocar a terra. Caminhar, torna-se então como deslizar sobre nuvens ou flutuar sobre águas mansas.

Círculos de bronze marcam a nova jornada, enquanto como planta floresço, enquanto como pássaro canto e, em cada voz me reconheço. Ensinar ao mundo o entreabrir de pétalas é tarefa suave de leves contatos...

Dentro deste encantamento recobro-me de todas as violências passadas e indefinidas e vejo despertarem rios e fontes onde beber é a lei natural e íntima.


Do convívio constante com o mar levanto-me para ver crescerem sobre a terra todas as perdidas irradiações do amor, cada dia maior, cada hora mais universal _ como um reencontrar de irmão ou de amorosos muito antigos e quase perdidos. Em cada mão a minha mão se toca e a reconhece e estima.

De qualquer lábio brota a mesma palavra como semente de uma só árvore, como raiz de planta irmã.
Porque tudo é bom, há paz; cada gesto de amor se corresponde para que se abrevie a fusão final.

Pairam, no ar, as estrelas do milagre; aguardemos o amanhã.
Rosas e violetas marcam o perfume da estrada, como se dependesse delas chamar os mais incrédulos, acordar os que dormem, espalhar esperanças, indiscriminadamente...

Sem dúvida, é tempo de auroras mais brilhantes.

Por que, então, se teria medo deste céu liso, imponderável, falando azul em todas as dimensões?
Por que se desconhecer sua força que ultrapassa nossos limites numa promessa maciça de infinito?

Há, pairando no ar, um chamado violento de amplidão.

E, cada vez que o céu se põe assim, morre-se um pouco para a terra, esvazia-se da carne, desenraiza-se do solo, tentando levitar-se acima dos divisores das serras distantes.

Cada vez que ele mostra-se assim, desliga-se do mundo, esquecendo-se compromissos que não nos dizem nada dentro da unidade comum, para que a solidariedade aflore.

Nesta hora comunga-se com o último e mais puro azul.
Cada vez que se renova o convite, sem desvão ou sombras, liberta-se do grande instinto de ser parcela, de persistir-se isolado.
Desvitalizam-se as dimensões, as afirmações individuais e divididas para se atingir um todo que nos assombra e absorve; que nos completa.

Dentro de tuas auroras orvalhadas há um primeiro passo para a realidade, prepara-se a definitiva largada, repletos de infinito e sente-se que tudo é pobre junto ao conhecimento maior...


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segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

A Grande Invocação


A GRANDE INVOCAÇÃO



Do ponto de Luz na mente de Deus
Flua Luz às mentes dos homens;
Que a Luz desça a Terra.

Do ponto de Amor no coração de Deus
Flua Amor aos corações do homens;
Que o Cristo volte a Terra.

Do centro onde a Vontade de Deus é conhecida
Guie o Propósito as pequenas vontades dos homens.
O Propósito que os Mestres conhecem e a que servem.

Do centro a que chamamos raça dos homens
Cumpra-se o Plano de Amor e Luz
E mure-se a porta onde mora o mal.

Que a Luz, o Amor e o Poder restabeleçam o Plano na Terra.


LA GRAN INVOCACIÓN

Desde el punto de Luz en la Mente de Dios,
Que afluya luz a las mentes de los hombres;
Que la Luz descienda a la Tierra.

Desde el punto de Amor en el Corazón de Dios,
Que afluya amor a los corazones de los hombres;
Que Cristo retorne a la Tierra.

Desde el centro donde la Voluntad de Dios es conocida,
Que el propósito guíe a las pequeñas voluntades de los hombres;
El propósito que los Maestros conocen y sirven.

Desde el centro que llamamos la raza de los hombres,
Que se realice el Plan de Amor y de Luz
Y selle la puerta donde se halla el mal.

Que la Luz, el Amor y el Poder restablezcan el Plan en la Tierra.

THE GREAT INVOCATION

From the point of Light within the Mind of God
Let light stream forth into the minds of men.
Let Light descend on Earth.

From the point of Love within the Heart of God
Let love stream forth into the hearts of men.
May Christ return to Earth.

From the center where the Will of God is known
Let purpose guide the little wills of men --
The purpose which the Masters know and serve.

From the center which we call the race of men
Let the Plan of Love and Light work out.
And may it seal the door where evil dwells.

Let Light and Love and Power
Restore the Plan on Earth.


...

“A Invocação ou Oração acima não pertence a nenhuma pessoa ou grupo, mas a toda a Humanidade. A beleza e a força desta invocação repousam em sua simplicidade e em sua expressão de certas verdades centrais que todos os homens inata e normalmente aceitam – a verdade da existência de uma inteligência básica a Quem nós vagamente damos o nome de Deus; a verdade que por trás de toda a aparência exterior, o poder motivador do universo é o Amor; a verdade que uma grande individualidade veio à Terra, chamada pelos Cristãos, o Cristo, e encarnou aquele amor de modo que o pudéssemos compreender; a verdade que tanto o amor como a inteligência são feitos do que é chamada a Vontade de Deus; e, finalmente, a verdade auto-evidente que somente através da própria humanidade pode o Plano Divino realizar-se.” Alice A. Bailey

(...)

A Grande Invocação proclama o destino e o Plano para a humanidade na entrante Era de Aquário. Ela é em si uma prece, uma invocação e um meio de alinhamento que proporciona afluência espiritual direta de elevados planos para o próprio coração da humanidade. Na aparente simplicidade da Grande Invocação esboça-se a crucial função a ser exercida pela humanidade dentro do Plano Divino. Função que assumirá quando tiver alcançado o seu insubstituível posto de membro entrante e ativo do Triângulo Planetário que inclui também Shamballa, o centro onde a Vontade de Deus é conhecida, e a Hierarquia, o centro cardíaco e ponto focal, ou via de acesso para o Amor Divino. No coração deste grande triângulo está o Cristo, o Mestre do Mundo, Aquele Que há de vir, o esperado por pessoas de todos os credos e conhecido por vários nomes. Diz-se ser a Grande Invocação a mais completa e nova expressão do Cristo, como também uma ferramenta dada à humanidade para ajudar no preparo para o reaparecimento do Cristo.

Veja mais:
http://www.encontroespiritual.org/bagrande.html

Lullaby


Love is all around you
Donovan


Flowers in the meadow softly sway
And all the little birds sing merry May Day
Rabbits in the orchard sport and play
And all the little creatures smile and are gay
My little boy, sing out your joy I am near, my dear
My darling, do not fear
Love is all around you
Comforting with gentle lullaby to make your heart sing...





From "Brother Sun, Sister Moon"
Franco Zeffirelli
1972
Writen by Donovan

União além dos limites


Gyorgy Doczi

..."Dizem que certa vez Buda fez um sermão sem dizer uma só palavra: simplesmente mostrou uma flor para a multidão. Assim foi seu famoso “Sermão da Flor”, um sermão na língua dos padrões, no silencioso idioma das flores. Sobre o que nos fala o padrão da flor?

Se olharmos atentamente uma flor, assim como qualquer outra criação natural ou ainda algo feito pelo homem, encontraremos uma unidade e uma ordem comum a todos. Essa ordem tanto pode ser percebida em algumas proporções que se repetem sempre, como também na maneira do crescimento dinâmico de todas as coisas _ naturais ou construídas _ pela união de opostos complementares.

(...)

A intensidade da busca do Amor e da harmonia dá ao Song of the Cosmos e à Divina Comédia seu poder numinoso, capaz de despertar a admiração. As duas obras mostram que existe uma ordem ilimitada que dá forma á nossa existência, uma ordem de totalidade tão insondável quanto ao do Cosmo e, ao mesmo tempo, tão terrível como a ordem do átomo, quando violentada.

A antiga sabedoria hebraica da Cabala diz que somos seres fracionados, vivendo em um mundo também fracionado. Ela nos ensina que nossa tarefa na vida é a de devolver á unidade tantos fragmentos quantos possamos encontrar no caminho de nossa vida. esta é a arte de ser humano. A palavra hebraica shalom contém em si mesma esta sabedoria: significa não apenas “Paz”, mas também “totalidade”.

Somos todos adolescentes no limiar de uma nova era de maturidade. talvez, um dos caminhos que nos leve à sabedoria da maturidade seja o das proporções, a senda dos limites compartilhados que devemos encontrar em meio à erva daninha que cresceu nesses caminhos. As proporções são limitações compartilhadas. Como relações, elas nos ensinam o mana de compartilhar. Como limitações, elas nos abrem as portas para o ilimitado. Esse é o poder dos limites.

O poder dos limites é a força que está por trás da criação. Quando dois seixos, um perto do outro, são atirados na água, criam ondas de padrões circulares que, ao se juntarem, formam elipses que vão se ampliando até que _ além dos limites desse desenho _ tornam-se círculos também. Enquanto isso, os primeiros círculos fechados com o centro em si mesmos, eles crescem formando arcos parabólicos, que vão além de si mesmos, na busca do infinito.

Seria isso apenas um padrão de seixos, de vibrações, ou também uma metáfora para o Amor, para o poder dos limites compartilhados e o próprio ato criador?

(...)

Quando compartilhamos nossas limitações com as dos outros, como o fazemos na relação áurea de vizinhos, complementamos nossas falhas e as dos outros, o que nos possibilita criar assim uma harmonia viva na arte da vida, comparável às harmonias criadas na música, na dança, no mármore, na madeira e na argila. É possível viver dessa maneira porque as proporções do compartilhar recíproco, as proporções de ouro da Natureza, estão integradas em nossa própria natureza, em nosso corpo e mente, pois que eles também fazem parte dessa natureza. os processos básicos de formação de padrões que ela já utiliza para dar forma tanto à mão humana quanto à mente podem continuar a guiá-las no que quer que estejam dando forma, desde que as mãos e as mentes mantenham-se fiéis á Natureza.

Assim, as melhores criações humanas são imortais e até mesmo sagradas, como uma flor recém-desabrochada. Voltando ao ponto de início, com Buda segurando a flor de seu discurso sem palavra, vemos sua mão representada em primeiro plano no gesto de ensinar. Quando ela se abre, o dedo indicador percorre a mesma espiral logarítmica que se abre nas miríades de formas da Natureza. Os movimentos combinados dos cinco dedos criam o desenho do Lotus de mil pétalas, símbolo da concretização da Perfeição.

Mas essa mão não é apenas a de Buda: é a mão de cada ser humano.

O Poder dos Limites
Harmonias e Proporções na Natureza, Arte e Arquitetura
György Doczi

Veja mais:

http://www.theosophy.org.nz/fundamen.htm
Essa página tem um texto simples e lindo, curto...

http://home.earthlink.net/~johnrpenner/Articles/GoldenLogos.html
Essa página fala de suas idéias principais e da Golden Apple

Falando às constelações


Na noite uma árvore fala a cada uma das constelações,
enquanto nós tentamos entreouvir a flauta doce da eternidade...

João-Francisco Duarte Júnior

Para Leo, hacia la libertad

Pasos simples caminando a Inglaterra
que aman sin reservas,
que respiran sin cadenas,
donde su mirada ya supero, la carne y los huesos,
donde los complejos y los juzgamientos,
quedaron en el norte de Minas de Gerais
con un hombre que ama a los hombres
mientras camina hacia la libertad.



Juan Manuel

Estesia


Estesia
Rabindranath Tagore

No instante em que percebi que íamos viajar juntos, somente nós, não indaguei onde e se algum dia voltaríamos...

Tu eras a suave brisa perfumada e eu uma dependente borboleta flutuando no dossel dos teus braços...

O barco do nosso destino cortou as amarras e partimos.
Todas as terras sem nome da imaginação receberam nossa visita e, por mais que viajemos o poente em fogo que arde dentro de nós sempre dilui as sombras da distância e da noite que teimam em nos perseguir...

Sempre estarei contigo, sem indagar nada, sem nada querer, senão viajar, viajar contigo pelo infinito de nossa mútua compreensão.


Psicografado por Divaldo Franco

Revelação

Célia Laborne Tavares
in O Quinto Lotus
Foi da profundidade muito tranqüila e transparente, de serenos lagos, que nasceu esta forma flutuante. Pois quando a paz se cristaliza as verdades podem revelar-se.

A forma se tornou particularmente nova, surpreendentemente antiga, cheia de aparentes paradoxos, como uma ponte em suspenso sobre um passado que cumpriu o seu destino e um presente que se prepara para ser iluminado.

Falo-te, hoje, como se conhecesse a canção, como se penetrasse o lago. Desenho-me imóvel, sob a tarde, para prosseguir as pesquisas num interior que se abre à menor luz.

Flor da terra, muito úmida e fresca, brota-me a palavra para quebrar teus limites, teus muros de antigas separações e mostrar-te onde ficam as nascentes, os caminhos ensolarados, as terras de encontro. Doce e breve flor do reencontrar transformo-me para que tenhas teu sinal visível no roteiro.

Brandamente, uma melodia que podia ser mística, tal a suavidade das notas, introduz-se em nosso silêncio compacto para apressar as revelações. E, ao comando de vibrações puríssimas, podemos facilmente completar a história que nos foi dada para que novos companheiros de vestes alaranjadas se sentem ao nosso lado.

Sinto que devo dizer-te que vai nesse encantamento um mar imaturo, imagem quase infantil à espera de crescimento. Não sei porque só posso traduzir em flores a linguagem estrangeira que se deve integrar nas noções da vida real para que seja alcançado o meu dever de intérprete.

O mundo apagado e convulso rebela-se esquecido das potencialidades vigorosas que devem ser cultivadas, parcela por parcela, até que cada um forme sua unidade de paz e sabedoria.

Por ora, um céu de astronautas em pânico cobre algumas cabeças em ebulição e, por mais alto se gritem as verdades, poucos estão aptos ao convívio das estrelas.

Por isso, digo-te, não te apegues aos destroços que não te satisfazem, não sejas um náufrago entre idéias e correntes, inconformado, mas sem coragem de ousar entrar pela porta das grandezas. Onde não entrarás se não te fizeres simples.

Não se é feito para ficar sempre no mesmo lugar ou para girar sobre si mesmo, na superfície, como piorra infantil. O mergulho em profundidade é que dá dimensão certa à vida. E a verdade livre é estável, amorosa, consoladora, porém extremamente exigente em seu preço de luta e resgate, para o encontro consigo mesmo e a meta final.

Põe a pérola na concha de tua mão.

Estamos em pleno tempo de cobrança.



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