segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Comentário sobre a polititica aqui e acolá...


Comentário sobre a polititica aqui e acolá...

Às vezes, penso que as coisas só melhorarão um pouquinho nesse mundo se um asteroide trombar com o planeta, e a vida recomeçar a evolução das baratas, ratos, lagartixas, sapos, pulgas e outros vermes. Esses seres que hoje achamos tão repulsivos são muito mais gente e humanos que a maioria de nós, que vamos perdidos nos labirintos de elucubrações.

De um outro ponto de vista espiritual, somos responsáveis por aquilo que escolhemos individual ou coletivamente. Nesse tempo pré-caótico de des-humanização e des-valorização de nossa humanidade enquanto chispa de luz, é o povo da raspa do tacho dos "dragões" que querem acabar com tudo, destruir, botar fogo em qualquer plantinha nova que brote do chão das asperezas humanas para o sol maior.

Aquele "jardim" perdido, agora, deve ser mais que nunca cultivado dentro de nós que cremos termos despertado para outras realidades da vida. E, cada flor, perfume, fruto ou semente de vida nova de nossos pensamentos e sentimentos devem ser ofertados na com-partilhação de gestos de amor nas simplicidades da vida.

Tentar sensibilizar os que se fazem surdos, cegos e mudos das bonitezas da vida fraterna é tarefa para outros milhares de milhões de anos. Mas, ainda assim aquele Menino de pés, mãos e peito machucados não perde as esperanças, e se vale de nossa colaboração como oportunidade preciosa para abraçarmos o mais próximo de nós, no lar, no trabalho, no banco ao lado dos ônibus, nas calçadas e ruas a fim de seguirmos em direção àqueles portões dourados esquecidos.

Dia após dia, cada passo que damos no próprio caminho, cada mão que estendemos ao outro é como um tijolo a mais na construção de um reino amoroso em nossos corações e ao redor de nós que Lhe seguimos nos mesmos caminhos, ou temos a coragem de afagar com carinho mesmo aqueles incapazes de um mínimo gesto de solidariedade.

Essa caminhada de um passo pra frente e dois pra trás é cansativa e penosa. Mesmo assim escolhemos estar aqui, agora, como quem mal tateia na escuridão dessa noite que parece não ter fim, para levar de mãos dadas conosco os que amamos ou des-amamos madrugada adentro, até um outro dia amanhecer.

Vamos que vamos! Ainda que o barulho ensurdecedor de bombas e gritos encham os ares, já ouvimos passarinhos anunciando a alvorada que chega. Então, vamos re-partir pão e palavras de conforto aos que estão quase sem forças, aos esmagados pelo peso de todas as opressões, que a carruagem de luz traz o sol que iluminará tudo e a todos.

Um outro ciclo - era de amor - está chegando para quem não se entregou tão facilmente, e nem se consumiu em vão ao sopro ardido das maldades dos infelizes.

Os passarinhos cantam mais forte que somos Fênix, e re-nasceremos das cinzas para fertilizar os campos novos do Jardim onde está a Árvore da Vida...

Vamos?

Leo Nogueira Paqonawta