terça-feira, 4 de dezembro de 2007

No Solstício



Elaine Tavares

Era de manhã
Caliente solstício
Eu dormia na tumba
Escura do esquecimento.
Então veio o fauno
“Querida, desperta”
Sibilando, sensual.
Abri os olhos
Segui o cheiro
Testosterona
Menino
Homem
E ainda dolente
O encontrei
Não era Che, nem Sandino
Não era Tupac ou Bolívar
Era um anjo
Pequeno e travesso
De riso criança
Sorvi, vampira
E voltei a dormir.
O fauno insiste
Mas eu durmo!

Nenhum comentário: