sábado, 19 de maio de 2012

Mergulhando profundo no mar interior...


O Ser Interno

Célia Laborne Tavares

Aquele que já descobriu a importância do autoconhecimento e o busca intensamente, é como o nadador que inicialmente brinca à flor da água e depois começa a mergulhar cada vez mais profundamente. E quanto mais desce, maior se faz a pressão.

Não se pode ir ao encontro da Luz maior, pensando em facilidade de qualquer espécie. A porta é estreita, o caminho áspero, a cruz pesada. Mas não faltará ajuda e a Luz atrairá mais e mais quem a busca.

É no mergulhar cada vez mais profundo que se vai descobrir insuspeitados tesouros. Muitas vezes se deslumbra e quer-se permanecer junto deles, mas se o fôlego ainda é curto deve-se voltar à superfície, para respirar. De vez em quando vem-se à tona mas sofre-se a lembrança do reino vislumbrado, tocado e deixado, e novamente volta-se à busca.

O impulso para evoluir é uma pressão constante em todos e quando colaboramos com ela, ela nos incomoda menos e passa a nos oferecer gratificações insuspeitadas.

Quanto mais se mergulha no próprio interior mais condições se tem de aprofundamento e de permanência junto às riquezas encontradas. A vida linear da superfície horizontal perde sua grande importância e sua dimensão limitada, para se mostrar uma vertical sem limite.

Quem ouviu, por uma única vez o canto suave e sereno da sereia interior estará enfeitiçado para sempre e destinado a chegar à Luz mais cedo. Sua realidade mais plena centraliza-se na expansão da força interna que ele conhece porque já a tocou e sabe que chegará sempre a ela pelo caminho da purificação, da fraternidade e do sentido de unidade de tudo. Fora disso, são vãs as tentativas de realização, paz ou felicidade.

Quem tem em si a música é forçoso que a palavra cante, quem mergulhou na Luz não pode deixar de espalhar fosforescências em seu caminho; não por determinação própria, mas pelo testificar de sua vivência.

Recebido da autora via e-mail. Conheça o seu blog “Vida em Plenitude” clicando aqui.

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