domingo, 4 de março de 2012

O Barco do Destino segue rumo às e-ternuridades... lá, para Yvi-Marã-Ey...


De Alma nua...

O Barco do Destino segue rumo às e-ternuridades... lá, para Yvi-Marã-Ey...

De tanto sair/ficar a sonhar em buscas, um dia o Destino fez chegar à praia tudo aquilo que confidenciei ao Mar de Estrelas por anos a fio... minhas entregas... tecidas em orações cada pérola saudosa de meus olhos, cada pétala de bem-te-quero à vela desfraldada ao sabor dos ventos do Outro Tempo/Espaço...

Partir... Chegar... Ponto de Encontro e Contato nessas Estações por onde passamos nos caminhos dos Quatro Cantos do Mundo...

Velejar menino... soltando âncoras, lançando proa montanhas acima, subindo em voltas espiraladas... segurar o leme confiante, e com outra mão a deslizar nas ondas iluminadas dessa Via Láctea...

Desenhei-me também todo iluminado assim, anos e anos atrás quando o Peabiru me apontou Yvy-Marã-Ey lá longe...

E, eu mal sabia e, certamente, nem imaginava como, quando, onde e por que um sonho se realizaria, até que as surpresas da  viagem me trouxeram à praia, ao alcance de meu toque, aquela Flor cujo perfume revela lampejos de paisagens distantes que um dia - espero que finalmente - terei a Graça de conhecer...

As “terras sem males” é mais que uma promessa e, se perdida que foi nas brumas das escuridões passadas e na “penumbra do incompleto”, o Grande Dia se aproxima embelezando tudo, renovando esperanças, re-fundando jardins, traçando cantos e canteiros em outras perspectivas...

Sintonizo... Sento-me à praia, mas não tão sozinho... Sinto-me entregue ao amadurecimento e à harmonia enquanto se desabrocha aquela “planta nova”... até que o Tempo/Espaço seja propício a partir para o lago entre as Montanhas onde se acendeu aquela Luz...

E, agora, como a Menina-Irmã Poetisa das Geraes, em Silêncio... querendo não me afogar em saudades entre “lirismo e luzes cruzando céus”...


Os sonhos de bem-aventurança vão se realizando em meio às tormentas, e vou seguindo, re-desenhando.... em Alma Nua...

E, eu deslizo... rumo ao Jardim onde há Luzes, Amor e Poder para entre flores ser... E, “viver menino, morrer poeta” muito além dos muros onde mora omal...

Porque o Barco do Destino segue rumo às e-ternuridades... lá para Yvi-Marã-Ey...

Leo Nogueira - O Nawta

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